"todo poeta carrega um pedaço da eternidade entre os dedos!"

me inspira! (Pedido de Claudia Abreu)

a resposta:

A eternidade como água doce de peito latejante

de mãos envelhecidas pelos dias idos

de um corpo já arcado pela dor

pela perda e pela esperança...

aquela que veio e não foi saciada

amada...

Era sim um poeta...

que naufragou em um gim falsificado

que subiu com a fumaça do baseado

engolido e ultrajado

que rasgou respingando as letras ao chão

pela veia estourada da seringa suja

sem sua fome de ouvidos

sem o desejo de olhos

a verterem aplausos

dos versos ou das prosas...

ouviu do além um comentário medíocre

de uma medíocre sinopse de um trabalho que lhe confundiram

ele riu... e muito...

pois aquele caso... o do comentário...

nem foi ele quem escreveu!

( espero que tenha sido inspira_dor)

poet ha, Abilio Machado...240908.