Entre Chico, Ariano, Azevedo, Eça, Gil Vicente Camões e Manoel Antonio de Almeida.
Entre Chico, Ariano, Azevedo, Eça, Gil Vicente Camões e Manoel Antonio de Almeida.
No primeiro alvorecer de outubro.
Primavera ainda tão inverno.
Leio Chico seu olho estorvo e mágico.
Entre duas cidades e um sargento cômico trágico.
Oro Camões, comungo Ariano.
Tenho os lírios a estação e o campo.
Numa cidade entre serras e praias.
Onde duas barcas espreitam a laia.
Gente reles de cortiço, baixo clero.
Onde o Bispo e o padre perdem o credo.
Pisoteiam os jardins da santa igreja.
Onde o falso “capitão” canta e bafeja.
E o Auto e as barcas do inferno.
Tem um anjo e o capeta vil enfermo.
Uma atola com o peso tão hipócrita.
Noutra o tolo e o anjo trocam hóstia.
Os quatro apocalíptico cavaleiros.
Defensores como tolos, como anjos.
Tocam harpas, cantarolam com seu banjo.
Singram mares e desbravam oceanos.
E o cortiço entre lírios serras e campos.
Protegido por sargento de milícias.
Sem estorvo no auto da compadecida.
Seguem rumo ao paraíso dessa vida.