Tronos de Névoa
Arcanjos ejaculam édens de fuligem casta,
Fecundam jardins de sóis quânticos.
Siderações de uma dor nefasta
Que reconquista meu coração romântico.
Serão os constituintes do universo volúveis?
Ou criações que permanecem vivas?
São segredos ou flores de pétalas inúteis
Meteoros que esvanecem na descida?
Suspiro pelos anjos que negam o inicio,
E afundam nas águas dum triste fim.
São sementes brotadas do vicio
Ou o sorriso feminil dum querubim?
E a transcendência morrerá apodrecida
E só então ganhará brilhos de febre.
Então se revelarão vozes que vertidas
Nem deuses em seus tronos concebem!