Tronos de Névoa

Arcanjos ejaculam édens de fuligem casta,

Fecundam jardins de sóis quânticos.

Siderações de uma dor nefasta

Que reconquista meu coração romântico.

Serão os constituintes do universo volúveis?

Ou criações que permanecem vivas?

São segredos ou flores de pétalas inúteis

Meteoros que esvanecem na descida?

Suspiro pelos anjos que negam o inicio,

E afundam nas águas dum triste fim.

São sementes brotadas do vicio

Ou o sorriso feminil dum querubim?

E a transcendência morrerá apodrecida

E só então ganhará brilhos de febre.

Então se revelarão vozes que vertidas

Nem deuses em seus tronos concebem!

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 02/01/2009
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