Com a borracha do tempo apago o dia
e vou desenhando a noite
usando o dedo das estrelas.

Faço de cada amanhecer uma nova história
e escrevo com suor as batalhas cotidianas
que sou obrigado a enfrentar.

Lavo a alma sob as lágrimas que me descem às faces
deixando o passar das horas cicatrizar,
paulatino, as mágoas.

Diariamente, tão logo o dia abre os olhos,
sinto que algum emissário da natureza acendeu
a fogueira solar que queima o chão do Nordeste.

Desejo segurar o amanhã
mas percebo que ele sempre me foge
por entre os dedos e não consigo vê-lo como é.
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 15/02/2009
Código do texto: T1440571
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