Reencarnação
Ah! deitar na branca areia divina
E escutar um tanto desatento
Harmônica melodia que me ilumina
Enquanto vôo ao sabor do vento...
Não pensar, nenhuma desventura
Sentir enfim, túrgida liberdade
Inexisto como terrestre criatura
Nada além de terna saudade
Sonhando caminhar sonolento
Ante fato inusitado
Beberei com furor luar cinzento
Transformando-me em ser alado...
Através de tal corpo transparente
Vejo sentimentos tão dormentes
Enchendo a alma de melancolia...
Ah, partir pela noite enluarada
Galopando entre nuvens, entorpecer
Espectral sombra, vai calada
Iluminada pelo mais Puro Ser
Enfim, porém,chega o dia
Que tal paz um pouco cansa
E...arremessado sou em semente fria...
Paz!Nasce mais uma criança
Enquanto outro ser sozinho
Em busca da branca areia está a caminho...