Ao sabor das manhãs

Disseram-me que a inebriante seda do templo voa;

E como se desconhecesse a música;

Num rítimo personalíssimo, toca todas atenções;

Versa ângulos latentes.

E desse modo vagaroso e preciso;

Confunde-se ao próprio ser, sua graça.

Disseram-me que sagradas loucas almas

Vislumbraram o seu gesto;

Que só mentes tardes, perceberam-na ao poente;

E que a noite, invisível mártir não se aquieta.

Disseram-me tanto que nada ou muito pouco relutei.

Ao sabor das manhãs, ventos me sussuram coisas

Brinde aos olhos dos que veem-me ao sacro.

Michael Wendder
Enviado por Michael Wendder em 26/06/2009
Código do texto: T1668908
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