Dor no intestino

Quantas alegrias se passaram

em meus dias de menino,corria

ia longe,fui arteiro em desatino.

Em meus sonhos eu fui rei,um

monarca sem refino,mas,

do sonho acordei e já não era

mais menino.

E as terras nas quais reinei

perderam-se no destêrro e

no destino.

Na infância me exilei,

foram-se o tempo e o menino.

Na juventude então amei,

pelas moças tive o fascínio.

Em muitas delas acreditei e

nessa lei fui me traindo.

Ao grande amor me dediquei e

feliz fui me sentindo e

nessa aura regressei a

alienaçao de ser menino.

Mas a vida nunca pára e o

falso amor foi se esvaindo,

fiquei só,então sofri a

orfandade de um menino.

Envelheci,degenerei e

meu corpo resistindo.

Acreditei,perdi a fé

e ao café submergindo.

Mas sendo humano,como qualquer,

as máculas do vício eu

fui sentindo e a

velhice me lançou ao lado

vil de ser menino.

Ezequiel
Enviado por Ezequiel em 05/06/2006
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