Dor no intestino
Quantas alegrias se passaram
em meus dias de menino,corria
ia longe,fui arteiro em desatino.
Em meus sonhos eu fui rei,um
monarca sem refino,mas,
do sonho acordei e já não era
mais menino.
E as terras nas quais reinei
perderam-se no destêrro e
no destino.
Na infância me exilei,
foram-se o tempo e o menino.
Na juventude então amei,
pelas moças tive o fascínio.
Em muitas delas acreditei e
nessa lei fui me traindo.
Ao grande amor me dediquei e
feliz fui me sentindo e
nessa aura regressei a
alienaçao de ser menino.
Mas a vida nunca pára e o
falso amor foi se esvaindo,
fiquei só,então sofri a
orfandade de um menino.
Envelheci,degenerei e
meu corpo resistindo.
Acreditei,perdi a fé
e ao café submergindo.
Mas sendo humano,como qualquer,
as máculas do vício eu
fui sentindo e a
velhice me lançou ao lado
vil de ser menino.