SOMBRIEDADES
Quando brotam as horas
No amanhecer da noite
Que raia nos dias tormentosos
Onde tudo é constituído de caminhos
E as escolhas são sempre perigosas!...
Quando morrem os sonhos
Nos abismos da aurora
Reflorindo suas sombras pela metade
Jorram esguias serpentes nos ares
E o verbo s’expande em cantares
Assombrando a melodia que se apaga
Nas velas em lágrimas dos que partem!...
E as veias se partem no delírio noturno
Dos que buscam a luz
Nas crateras do precipício.