Fonte da Juventude

Eu queria que o tempo fosse uma criança...

Eu queria que cada momento vivido não fosse jamais retornado.

Eu queria fazer dos bons momentos da minha vida um replay que fosse submisso à minha vontade.

Eu queria fazer de cada passado, bem passado, um presente pronto pra novamente se repetir.

Eu queria fazer de cada sorriso, um riso que não mais se apagasse, que jamais fosse ofuscado pela tristeza, ou apagado pela incerteza de não mais poder sorrir.

Eu queria fazer das minhas recordações, das minhas boas recordações, um texto que fosse o contexto da minha própria existência, onde eu jamais representasse, mesmo que sendo protagonista, mesmo que tendo o papel principal, mas que tudo fosse real, e que o chamado teatro da vida fosse apenas uma mera expressão, e nunca uma situação de experiência vivida.

Ah como eu queria...

Queria que todos os meus flash-backs voltassem ser hit do momento, voltassem a ser sucesso, queria que todas as minhas baladas voltassem às paradas.

Eu queria que o tempo fosse uma criança

Que no esplendor da vida, corre, salta, brinca e nunca se cansa.

Queria eternizar a juventude

Queria que a sua flor jamais murchasse.

Queria que se essa tal fonte mesmo existisse, eu a encontrasse, e não apenas bebesse, mas me banhasse, me lavasse, nadasse e quem sabe até me afogasse, pra que se morrer, que morresse de juventude. É por isso que eu queria que o tempo, o implacável tempo, fosse uma criança, cuja atitude angelical e inocente, faz de si mais anjo do que gente, pra cada dia entender que mesmo sem asas é possível voar, ser livre e sorrir eternamente.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 05/07/2006
Reeditado em 26/02/2015
Código do texto: T188006
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