MARES DA MEMÓRIA

Ele segue sem destino,

Sem um porto seguro

Onde possa atracar seu navio,

Nau fantasma singrando

Os mares da memória.

Percorreu os aforismos da história

Percebendo que almas podem ser efêmeras

E a matéria pode ser perene,

Como o sentimento que nutre por sua musa.

Ela tinha por ele um amor

Infinito e incondicional,

Por duas primaveras.

Ele entendera que o amor eterno dela,

Eternamente acabara.

Ele sem o amor dela não vive,

É insuportável nefasta dor.

O Eu dele dissipou-se.

Morreu em uma abstração de palavras,

Delitos e delícias.

Desde então,

Ele é outra pessoa.

Nem mais nem menos,

Simplesmente como todos que foram

E muitos que virão.

Que ama, vive e morre de amor.

KBÇAPOETA
Enviado por KBÇAPOETA em 27/11/2009
Código do texto: T1947051
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