HERESIA
Quantos demônios me atormentam?
Por qual quantia vendi Jesus?
Quantas vezes
O galo cantou e cantará
Enquanto desumanamente nego o meu Jesus?
Abandonei você, Jesus, muitas vezes na cruz
Dormi outras tantas enquanto Você se angustiava por mim
Temi caminhar sobre as águas
Por medo de naufragar sob o peso dos meus pecados
O momento "Tomé" de vez em quando me toma de assalto
Senhor, Deus Meu, preciso ver para crer.
Seria hipócrita se dissesse que
Prefiro amar a ser amada.
É inegável o prazer de um amor correspondido
Portanto, nem só amar, nem só ser amada.
São Francisco, perdoe-me
Mas não ser compreendida é uma dose amarga
Não ser perdoada é terrível
Sei, contudo, que às vezes fico do outro lado da margem
Não compreendo e, perdoar não é tão fácil quanto falar.
Pai Abraão, por nada daria meu filho para o sacrifício
Mãe Maria, eu não suportaria ver um filho morto
E você, querida, presenciou o assassinato lento e cruel
De seu único, doce, inocente filho.
Perdoa, mãe, pela minha participação
Naquele julgamento forjado, sórdido, cruel.
Quantas vezes, meu Deus, incorporei Salomé
E pedi a Tua cabeça coroada?
Perdão, Senhor, pelos meus momentos Dalila
Perdão, Senhor, por não ter a paciência de Jó
A coragem de Daniel
Perdão, Senhor por me identificar somente
Com as fraquezas dos Santos homens
Perdão, Senhor, ainda uma vez
Texto escrito em 2006.
Quantos demônios me atormentam?
Por qual quantia vendi Jesus?
Quantas vezes
O galo cantou e cantará
Enquanto desumanamente nego o meu Jesus?
Abandonei você, Jesus, muitas vezes na cruz
Dormi outras tantas enquanto Você se angustiava por mim
Temi caminhar sobre as águas
Por medo de naufragar sob o peso dos meus pecados
O momento "Tomé" de vez em quando me toma de assalto
Senhor, Deus Meu, preciso ver para crer.
Seria hipócrita se dissesse que
Prefiro amar a ser amada.
É inegável o prazer de um amor correspondido
Portanto, nem só amar, nem só ser amada.
São Francisco, perdoe-me
Mas não ser compreendida é uma dose amarga
Não ser perdoada é terrível
Sei, contudo, que às vezes fico do outro lado da margem
Não compreendo e, perdoar não é tão fácil quanto falar.
Pai Abraão, por nada daria meu filho para o sacrifício
Mãe Maria, eu não suportaria ver um filho morto
E você, querida, presenciou o assassinato lento e cruel
De seu único, doce, inocente filho.
Perdoa, mãe, pela minha participação
Naquele julgamento forjado, sórdido, cruel.
Quantas vezes, meu Deus, incorporei Salomé
E pedi a Tua cabeça coroada?
Perdão, Senhor, pelos meus momentos Dalila
Perdão, Senhor, por não ter a paciência de Jó
A coragem de Daniel
Perdão, Senhor por me identificar somente
Com as fraquezas dos Santos homens
Perdão, Senhor, ainda uma vez
Texto escrito em 2006.