POETA INCOMPREENDIDO

Ao poeta nunca compreendido...

Oriundo de seus papéis amarelados e sempre varridos

Oh, poeta! Que a vida clama e a morte chama.

Alma nobre e aos olhos pobre.

Quem arrisca a descobri-lo?

Em seu último suspiro de um grito agonizante?

Quer neste instante a vida fora da matéria

Para viver a vida da aurora e o beijo da princesa que viste.

Aproxima-te princesa...

Venha com seus olhos transparente de clareza!

Venha ver o meu olhar de suspiro que a ti grita o amor.

Vamos morrer juntos para que a vida possa nos unir

Caminharemos juntos pelas nuvens

E voaremos nos corações dos pássaros

Para que em passos, sigamos pela coxilha de aventura

Que a ti saúda.

Oh, minha amada!

Não deixe que a melancolia venha reinar na minha morte

Ou nos meus dias

Quero na minha glorificação o teu beijo.

Quero no último suspiro você, deusa do véu branco

Com flores na mão venha me buscar para viver

Meu corpo se elevará e meus pensamentos ficarão em forma de poesia

Pois é o que resta do dia

Para os que não compreendem o poeta...

Apenas olhos fechados diante do entardecer

E o corpo existencial sempre a existir nunca a viver.

... Ele deposita alma aos mortos

vida aos vivos

amores aos amados, que não fiquem calados

Abra sua boca para os fantasmas saírem

se persuadirem entre vós

e verem a triste vivencia de nós.

Para os que compreendem o poeta nova luz chega para trilhar entre a neblina

Apagar as indiferenças e entender tantas crenças

Queremos, nós, poetas o mesmo destino

Para nós será vida quando morrermos

Enquanto isso, apenas sofre ao admirar poesia dos poetas

Por que compreendemos a não existência dos vivos

Venha poeta incompreendido para a morte que clareia.

FLORA DO AR
Enviado por FLORA DO AR em 03/08/2006
Código do texto: T208259