Tristeza Não, Leveza Sim!

Recuso-me a dissertar sobre a tristeza,

Prefiro versejar sobre a leveza.

A primeira, todos a conhecem, detalhadamente.

Já, a segunda, poucos a concebem minuciosamente.

A primeira nos trouxe até aqui.

A segunda há de nos levar por aí...

Numa dança solta,

Rebelde, um pouco louca.

Irresistível,

Intransferível.

A leveza é a maior prova de sabedoria,

Ápice da harmonia.

Prenuncia um novo tempo,

Banhado em alento.

Requer um padrão de autoconhecimento,

Não encontrado, não fornecido,

Pelo estabelecido

E deturpado pelo conhecimento.

A tristeza é tempestade.

Assolando a cidade...

Um incômodo contínuo,

De ângulo oblíquo.

Vem sendo exageradamente, enaltecida,

Quando, em verdade, já deveria estar recolhida...

Fonte de inspiração esgotada,

Ainda mantém sua platéia-refém lotada.

Tem a cor cinza.

É a essência da cinza...

Enlouquece,

Empobrece,

Possui requintes de crueldade.

Caminha impunemente, pelas ruas da cidade.

Angariando indivíduos,

Com seus ilusórios subsídios.

A leveza tem som de sim.

É tudo que almejo em mim...

É coloridamente branca...

Paz tamanha!

Desperta a divindade,

Dentro da individualidade.

Frescor da tarde...

Convite à arte!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 12/02/2010
Código do texto: T2082921