Desejo

Ainda beijo esses lábios lindos...

Róseos!

E com um sorriso único,

tal como Diana,

Deusa do Olimpo

Sentir na tua paz

A alegria que mereço

Apreço!

Ter teu abraço, teu afago, teu jeito

No amanhã que agora antevejo

De mãos nervosas

Nervosos sentidos

Gozo!

Único homérico desejo

De dois corpos...

Infinito ensejo.

Qual dois animais

Sem noção de sentimento,

Apenas o cio voraz...

Desejo!

Sem medo de sonhar,

Duas almas, duas almas

Como os seixos

Vendo a água passar

Ou como o vento a acariciar

No murmúrio da vaga

O barquinho - céu e mar!

A timidez da fêmea recatada,

Geme baixinho sem querer se dar

Ao doce encanto,

Todos os quebrantos

Todas as purezas

Do ancestral verbo amar.

Verbo nosso, sem começo, meio e fim

Apenas a constelação

Do espaço, da loucura

Enfim...

O doido querer, o gosto

Desse último desejo...

Do abraço, do beijo - complemento final

nas linhas abaixo

do teu equador

Desta paixão sem igual,

não paixão! sim amor!

Você!

Metade ideal

Você!

Metade inteira

Você!

Ouvindo sussurros lentos e,

Esses meus lábios

A ciciar besteiras!

Ai...

Em teus cabelos quisera afundar

Lábios nervosos de um nervoso afã

Na forma triangular

Esquecer o ontem

Somente ver o amanhã

Viver agora o riso de outrora

Na mente doida como se estivera sã...

Como se estivera sã!

Cabo Frio, 14/06/2008 Olympio Ramos

Olympio Ramos
Enviado por Olympio Ramos em 16/04/2010
Reeditado em 18/04/2010
Código do texto: T2200357
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