Mania de Viver

Mania de ser o que não somos?

Depressão, guerra, acidente, avião?

Ou apenas uma brisa ensolarada num luar quente de verão?

Um soneto poético descarado,

Um simplório acorde de violão.

Mania de sentir dor? Mania de amar alguém?

Ou apenas uma serena necessidade de não sentir-se só,

Sozinho ao viver sem

Sempre nos pequenos acordes,

Acorde meu grato pequeno,

Desperte ao tom do violão.

Acorde meu filho sereno

Venha ver o velho João

Ele percorre os caminhos da trilha

A pé, descalço, no tom.

Leva aos cabelos o branco da vida

Nas melenas queixas das verdades não ditas

E das ditas faladas rimadas,

Restam-lhe as lembranças

Mofadas, velhas e enfadadas.