UMA JANELA NO CÉU
Numa noite estrelada, para o infinito olhei;
Vi estrelas aos milhares,
Sóis, distantes luminares,
Como que soltos nos ares, obras de um grande Rei!
Minhas vistas divisavam, luziris mil na amplidão;
Regiões embranquecidas,
Pelas luzes difundidas,
No espaço davam vida, às galáxias em profusão!
As estrelas eram tantas, sem cálculos de quantidade;
Porém entre as centenas.
Havia uma, apenas,
Fazendo parte do esquema, com brilho de eternidade!
Que estrela seria aquela? Mais visível entre as demais?
O meu fraco pensamento,
Investigou no momento,
E teve o esclarecimento: era a estrela da paz!
Mas como poderia ser? E no infinito constar?
Uma estrela diferente,
Cor azul e mais luzente,
Irradiando aparente, uma luz de bem estar!
Para poder desvendar, passei ali a inquirir;
Meditei profundamente,
Em Deus, O Onipotente
Rei, dos reis e Onisciente, dono do grande luzir!
A resposta veio logo, como uma revelação:
Aquela estrela mais bela,
Era uma simples janela,
Em que eu via por ela, de Deus, Sua habitação!
Eu fiquei admirado, tendo um pensar incréu;
Seria aquele astro,
Um buraco no espaço,
Para se ver sem embaço, o interior de céu?
Mais uma vez eu senti, a divina revelação:
A janela era uma mina,
Para a luz que lá de cima,
Entrava em minha retina, dando-me o dom da visão!
Hoje ao contemplar o céu, com estrelas cintilantes
Sempre vejo a mais formosa
Como uma brilhante rosa,
Aos meus olhos, a mais vistosa, com fulgor de diamante!
Para terminar estes versos, fica aqui a reflexão:
“Entre as estrelas existentes,
Existe uma diferente:
É a luz do Deus vivente, de Cristo a irradiação!
COIMBRA “O PEREGRINO” – UM MENSAGEIRO DE LUZIRMIL”