Era dia 30 de abril de 2010, quando me dirigia para uma grande cidade situada ao norte de Minas e resolvi fazer uma breve visita num arraial à beira da rodovia.
Entrando pela avenida, ao passar por uma esquina avistei um movimento de pessoas em frente uma residência. Era a saída de um funeral. No momento recordei-me de uma citação bíblica que diz: "Melhor é estar na casa do luto do que na casa festiva". Tendo aquele pensamento resolvi me aproximar. O interessante foi, que devido minhas constantes peregrinações por aquelas regiões, encontrei alguns conhecidos, dos quais fiquei sabendo que falecera uma senhora de idade, por nome Maria e seu sepultamento seria realizado por volta do meio dia.
No intuito de transmitir alguma mensagem de consolo aos parentes propus-me a ir ao sepultamento, que seria realizado no cemitério local.
Lá chegando fiquei impressionado com o desleixo daquele campo santo. Parecia que há tempos ninguém entrava lá, embora pude ver algumas sepulturas recentemente cobertas, transparecendo que ali também havia enterros periódicos.
Tudo bem, que é um cemitério, é; mas em minhas divagações compus um poema de tristeza por ver tanto desleixo!
Omiti o nome do povoado para me resguardar de possíveis
críticas de algum morador.
Quem quiser ler o poema, ele está assentado no recanto das letras com o título: CAMPANÁRIO PERDIDO
O SEPULTAMENTO DE UMA VELHINHA CHAMADA MARIA, DE 90 ANOS