HORAS PARA CRISTO



01 No amanhecer do dia, quando do sono desperto,
Passo a escrever louvores, a Cristo, pois sinto-O perto,
Deu-me de viver uma noite, debaixo de um céu aberto

02 Jesus Cristo é para mim, a porção mais preciosa,
De minhas meditações, sempre é a mais ditosa,
Dele me vem esperança, e a graça maravilhosa.

03 Lembro das horas vividas, do meu tempo em vigília,
Mesmo dormindo, há ganhos, nos quais eu tenho alegria,
Quando no céu me encontro, num eterno e santo dia!

04 Seja uma da manhã, na madrugada a dormir,
Minha mente vaga em sonhos, e vejo Cristo Surgir,
Dando-me alento à alma, e esperança no porvir.

05 Das angustias me esconde, não me deixando sofrer,
Mesmo em sonhos eu vejo, Cristo a me socorrer,
Dormindo dou glórias a Deus, pelo bem a me fazer!

06 Em Seu santíssimo poder, tenho real esperança,
Pois sei que sempre haverá, de me dar a segurança,
Neste mundo de incertezas, onde não há confiança.

07 Pelas duas da manhã, continua a jornada,
De minha mente em sonho, pela alta madrugada,
Fugindo deste meu mundo, por uma divina estrada!

08 Se pelas três ainda durmo, mas sempre há algum tempo,
Que do sono me desperto, para orar no momento,
Elevando meus louvores, pois da alma é sustento!

09 As quatro eu me levanto, para ao Mestre escrever,
Meus louvores em santos versos, pois alguém sempre irá ler,
E também terá a benção, pois Deus irá conceder!

10 Quando o relógio marca, cinco horas da manhã,
Me encontro bem desperto, pois do Senhor eu sou fã,
E desde cedo Ele exige, meus louvores com afã!

11 Quem O ama de coração, já bem cedo O glorifica,
Pois é Ele que dá vida, e outro dia indica,
Guardando a alma do crente, e tornando-a sempre rica!

12 As seis, vem os movimentos, dos humanos a viração,
De minha parte eu faço, uma sincera oração,
Dando graças pela noite, e pedindo a Deus proteção.

13 Já que pelas sete horas, tenho que trabalhar,
Seja viagens a fazer, ou serviços a executar,
Para ganhar o meu pão, sinto Cristo a me ajudar!

14 Pelas oito continuo, com a peleja da vida,
Mas em todo momento tenho, de Jesus Cristo a guarida,
Protegendo minha alma, a cada nova investida.

15 Dou glórias a Deus, o Pai, quando as nove me visita,
O dia assim vai passando, com minha fé sempre rica,
Do céu me vem o alento, que minha alma edifica.

16 Das alegrias que tenho ,Jesus Cristo é a mais sublime,
Quando pelas dez eu sinto, dar louvores que exprime,
Toda a esperança da alma, em quem do mal me redime!

17 Sendo onze, outra hora, que tenho alegria em meu ser,
Mesmo com provas de fogo, Cristo está em meu viver,
Trazendo-me o consolo, e esperança de vencer.

18 Meus louvores continuam, quando as doze chega então,
Sendo o meio do dia, é também uma razão,
De dar glórias a Jesus Cristo, com quem vivo em união!

19 Se um peregrino chora, lágrimas de sentimentos,
É um presente de Deus, que ao espírito dá sustentos,
Pois o choro é um louvor, das treze e seus momentos.

20 Quando são catorze horas, a Deus faço uma canção,
Pois que declinando o dia, elevo uma oração,
Com louvores que me sai, do fundo do coração!


21 Quando mais tarde fica, o dia e seu arrebol,
Vou glorificando a Deus, com palavras nesse rol,
Para lembranças futuras, enquanto brilhar o sol!

22 Pelas quinze continuo, com meus modestos cantares,
Elevados ao Criador, senhor dos céus e dos mares,
Onde vaga minha alma, vendo de Deus operares!

23 Marcando ainda os ponteiros, das horas as dezesseis,
Vem-me lembranças que Cristo, é Senhor e Rei dos reis,
Domina todo o Universo, dentro de sábias leis!

24 As dezessete, quando o Sol, vai indo para o Poente,
Vem-me lembranças benditas, por ser em Cristo um crente,
Sinto-O a me visitar, com Sua graça excelente!

25 Com o dia ao final, da grande luz o clarão,
Glorifico o Criador, pela Sua compaixão,
Com mistérios insondáveis, deu-nos Sua salvação!

26 As dezoito, com o dia, quase a terminar,
Isto porque no horizonte, o sol começa a entrar,
Elevo um louvor a Deus, por me dar de contemplar!

27 Quando a noite cai, e as dezenove acontece,
Minha alma canta um hino, e com lágrimas faço uma prece,
Reforçando meus louvores, que Jesus Cristo merece!

28 Se nas vinte o ponteiro, faz por elas a passagem,
Medito na salvação, de Cristo, Sua mensagem,
Que trouxe à alma do crente, esperança e coragem!

29 Vai se aprofundando a noite, e vejo as estrelas brilhar,
Olhando para o Universo, elevo a Deus um cantar,
Pois é grande a maravilha, que vivo a contemplar!

30 Marcando a fração do tempo, num relance, vinte e uma,
Faço um verso de louvor, por ver que a noite se arruma,
Pouca luz material, mas a de Cristo se apruma!

31 Quando vem as vinte e duas, alta noite acontecendo,
Minha caneta discorre, com palavras escrevendo,
Louvando ao Criador, a quem vivo bendizendo!

32 Se faço os meus cantares, é por ver neles a ciência,
Pois todos louvores a Deus, do pobre é uma valência,
São migalhas das riquezas, que no céu tem providência!

33 Quando a noite se ameia, por volta das vinte e três,
Ainda acordado sinto, que mais um dia Deus fez,
Acontecer minha vida, em tal ano e em tal mês!

34 Por fim chega as vinte e quatro, meio noite, fim da rima,
Dei louvores a Jesus Cristo, pela luz que ilumina,
A mente de um humilde crente, com palavras lá de cima!

35 Termino este poema, com doze horas de louvor,
Enaltecendo Jesus Cristo, e Deus Pai, o Criador.
Que pelo Espírito Santo, deu-me a graça de compor!