Tuas presas

Um escuro, de repente.

Um raio, um trovão,

uma serpente.

Desarrumação ruim,

um desarranjo só;

fria pele em mim.

Não me acostumo ao frio

que sempre vem de ti.

Prefiro meu estio,

ao inverno daqui.

Mas, as vezes todas

que se me enrolas,

em festas e bodas,

friamente me controlas.

E no escuro, de repente,

um bote, um veneno,

nosso gozo tão urgente.

A negação do sim,

estando no teu meio;

tuas presas, enfim !