Vôo sem asas

Vôo sem asas, com os pés ancorados no chão

Sentindo todo o bit, BPM por BPM

Em meio à orquestra natural, entre raios de luzes

Semimorto...

Em resposta ao meu medo vieram asas

Fui tomado em relance de desvario

O ser alado segurando em meu ombro decolou

Sem chance de soltura, sem chance de queda.

Levou-me por sobre os quintais,

Os mesmos da minha infância.

Os mesmos das minhas outras vidas

Em noite de puro luar

Mostraram-me luz, sorrisos ternos

Alegrias gargalhadas por amadas

Esteiras perpendiculares e acenos de mãos

Galerias com possibilidades...

Direcionamento as minúcias dolorosas...

Flechas em meu coração.

Armando Vidal
Enviado por Armando Vidal em 14/12/2010
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