Vôo sem asas
Vôo sem asas, com os pés ancorados no chão
Sentindo todo o bit, BPM por BPM
Em meio à orquestra natural, entre raios de luzes
Semimorto...
Em resposta ao meu medo vieram asas
Fui tomado em relance de desvario
O ser alado segurando em meu ombro decolou
Sem chance de soltura, sem chance de queda.
Levou-me por sobre os quintais,
Os mesmos da minha infância.
Os mesmos das minhas outras vidas
Em noite de puro luar
Mostraram-me luz, sorrisos ternos
Alegrias gargalhadas por amadas
Esteiras perpendiculares e acenos de mãos
Galerias com possibilidades...
Direcionamento as minúcias dolorosas...
Flechas em meu coração.