SE EU MORRESSE AMANHÃ
Obs. Poesia elaborada para participação da ciranda de mesmo título.
Se eu morresse manhã
Por certo não gostaria,
Tão logo procuraria
Pela Direção do Céu...
E com as mãos na cintura,
Dedo em riste e boca dura
Despejaria o meu fel...
Pediria explicações
De tão súbita sacada
Sem me consultar em nada,
Nem saber o meu desejo...
Por certo inquiriria
A tão nobre Autarquia,
Por tal ordem de despejo.
E enquanto não encontrasse
Explicações convincentes,
Motivos reais e fluentes,
Não iria sossegar...
E por essa discrepância,
Iria à última instância
Tentar tal lei revogar.
E se acaso não tivessem
Argumentos à altura,
Uma explicação segura,
Seria dura a parada...
Por certo logo em seguida
Sentença seria expedida:
“Sua morte foi revogada”.