O homem de mim

Ouço-o gritando em meu ouvido

Querendo sair da prisão de meu corpo

De onde fostes pelo amor banido

E selado na alma pelo indigente tempo.

Quebranta meus pesadelos de mim,

Renegas a ferida do sono da morte,

E assombra o poeta que aguarda seu fim

Esperando o abandono a própria sorte.

Viajei a procura da cura nos remédios:

E se a morte viesse pela manhã, levar-me-ia?

Oro ante a perpétua dos caídos

E tento entender o que você sentia.

Voz que assim me diz:

“Vês o destino daquela deusa imunda,

Atenuada pelos desejos da carne sem valor,

Caída no teu sonho, pronta para ser amada?

Ela se esqueceu o que é o amor.”

Luan Santana
Enviado por Luan Santana em 07/02/2011
Código do texto: T2776767
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