ALMAS DE QUARTZ (2ª parte)

Almas amigas, amantes de muitas caminhadas

Almas amantes em três tempos

Um só e o tempo, amantes em mutação

Em estágios longos aqui, outros estágios lá

Agora novo estágio, mesmo tempo

Mesmas almas, mesmo amor...

Duas pedras que se encontram...

Duas almas que se acham

E os corpos se procuram

Almas de Quartz vibrando elétricas,

Faíscas de amor azul violeta

Indestrutíveis no tempo e espaço.

Quantos empecilhos muralhas e montanhas

Quantos árduos caminhos perigos e armadilhas?

Quantos sofrimentos para as pedras?

Quantas lágrimas para os olhos?

Nós mesmos, se entendermos que

O querer e o toque sutil dos corpos,

Vibrando, faiscando elétricos

São duas pedras que se encontram...

Duas almas que se acham...

Vidência no copo! Vidência

O corpo não sabe o que fazer

Pedras a flutuarem no copo

Visão no tempo e espaço

O copo reflete a Luz, a visão

Raios violetas de um Sol Zen

Tempo, espaço, copo, a visão

Pedras que flutuam como olhos

Almas que se acharam

Almas de Quartz

Corpos que se procuram no espaço

Almas que se acham no tempo

Olhos d’água que vêem no copo

Onde andam esses olhos

Meigos, doces e líquidos

Quase pedras d’água viva

Entre o agora complicado

O passado luminoso

E terno é o amanhã

O sol de Quartz é Zen

E o tempo é um só.