Lapso da transformação

Vocês nos deram à liberdade

Mas roubaram nossos corações

Vocês nos deram amor

Mas ainda permanecemos sem escolha

Meu grito mais culminante é abafado

Suspiro na paz do meu pensamento

Tento inventar o real, mas não sou abençoado

Assim caio e desapareço com meu passo tímido

Não me recordo do ultimo ato a atenuar

Já faz tempo que ouvi “futuro sou eu quem faço”

Bati no peito, mas desmoronei na primeira esquina de fato

Assim entendo por que não consigo correr

Contudo racionalizei e percebi, que nasci pra voar

Os discos me disseram mais que minha caixa mágica

Fora da órbita tradicional me sobressai na ousadia

Meus amigos já não me reconhecem, lapso do podre padrão

Longe de um ponto final, lhe contagio com o infinito atrevimento

E para aqueles que não me adotaram, deixo minha bela ilusão