O FIEL E O PRUMO
Daqui não sou
Sou do além
E de aquém.
Um anjo caído,
Um demônio redimido.
Daqui não sou
Sinto falta
De meus vôos
Recordo-me
De minhas benesses
Saudoso de mazelas
Daqui não sou
Sou de aquém
E de além.
Lembro-me
Das congregações
Participei dos bacanais.
Daqui não sou
Sou de além
E de aquém.
Fiz parte
Dos banquetes
Dos deuses
Eu bebi
O cálice
Da transgressão.
Estou aqui
Humano agora
Transitando entre o sagrado e o profano.
Denominando esta transitoriedade
Equilibrando entre o exagero e a indolência
Aprendendo a ser perfeito.
HABITAREI O LUGAR DE LUZ.
DEUS É LUMINOSIDADE.
O FIEL E O PRUMO.
Entre
a brevidade
e a eternidade.
L.L. Bcena, 14/10/2010.
POEMA 169 – CADERNO: PERDIDOS E ACHADOS.