Guerra dos Mundos

Espírito curioso

Que passava

Quando aquele homem

Ejaculava naquele

Útero – orgasmo.

No ato da fecundação

Foi sugado

Para dar alma

Àquela massa

Que se formava

E que seria

Ser humano

Com alma de anjo.

Anjo que se encarnou

Em corpo carnoso.

Tendo corpo de homem

E alma de anjo,

É bizarro.

Deseja as coisas angelicais

E tem ânsias carnais.

Duas partes que não compreendem

O desejar da outra.

Uma quer o Céu,

A outra quer a Terra.

Nesta luta segue

Em conflito consigo mesmo

Sem saber a quem atender:

Se ao anjo que se é

ou ao homem que existe.

L.L. Bcena, 23/05/2000

POEMA 491 – GUERRA DOS MUNDOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 22/10/2011
Reeditado em 22/10/2011
Código do texto: T3292369
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.