Paradoxo Existencial

Como entender o ser humano; Deseja o fim e no fim

o começo. Na verdade nosso paradoxo reside entre

as belezas do início e do fim e suas tristezas parentais.

Todo começo é um fim; todo fim um novo começo...

Nessa mistura de prazeres e sensações rola em face

uma lágrima, mas de que? Por que choras? A alegria

que te move, a saudade que te faz lembrar ou um

o mistério futuro que irá desvendar?

Essa lágrima de fato desce a ladeira da saudade.

Nela não há volta sabemos que o passado não se

reconstrói e cada momento é único, singular e

plural. Portanto, choro das alegrias vividas e

também dos sofrimentos que em minha alma

transbordam.

Não há...

Nada volta, ficam as imagens, fotos e lembranças

e a eterna saudade. Lembranças tão marcantes

que a aprisionamos em nossa alma, em nosso espírito.

Em seguida vem a lembrança do novo? Como lembrar

aquilo que não se viveu ainda. Os outros viveram...

Sofremos com o novo, ele é assombroso e

ao mesmo tempo encanta, atrai, ascende a chama do

profano, divino e desbrava. O desconhecido!

Resguardados no medo ficamos... O Passado é mais

tranqüilo é fonte de confiança, mas também de estática.

Nada muda. Idéias, pensamentos, pessoas, valores.

Tudo na mesmice do igual.

Nessa guerra tenebrosa escolhemos os dois caminhos,

porém só a um vetor. O que me resulta o que me faz?

Nesse ciclo da vida no qual, somos alimentados pelo novo

e algemados pelo passado, somos animais encarcerados,

lutamos contra nós e contra a corrente buscando no fundo

desvendar a águas misteriosas do que foi, do que há e

de tudo que poderemos um dia encontrar.

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 08/12/2011
Reeditado em 28/01/2012
Código do texto: T3378190
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