Arco-íris Desconhecido
Olho de volta ao futuro
E vejo um quadro vazio
Pintado de orgulho e medo
Com detalhes em sombras e fios
Que conduziram minha pureza
Por traços de incerteza,
Vaidade e covardia.
Pinto um arco-íris desconhecido
De cores foscas e tons menores
- melodia sensitiva –
que me guia até o pote
de cores vivas... ao sepulcro!
Sepulto a morte de cada dia
De cada quadro do meu passado
E passo a vida numa cantiga
De tons menores que as cores foscas
Que, como as moscas, monotonia.
E o presente se torna claro
Como a esperança, nasce o dia.