VIOLINISTA DO INFINITO
Juliana Valis




Tu tocas na imensidão da alma,

Além das notas musicais de então,

E toda paz desvanecida e calma

Sussurra no âmago da imensidão

Que possivelmente cabe além de ti




Sim, tocas bem no cerne do infinito

Além de toda angústia que se esvai daqui

Como música de um sonoro grito,

Lendo a partitura que te faz sorrir 

Apenas na lídima profusão dos sons...



Pois tu és violinista do infinito

E tocas o sonho na escala da fé em dó maior

Tu sabes o timbre de como grito

Quando quero que vejas o meu suor...



E teu violino nada mais é que tua própria essência

Transfigurada no átimo crucial da tempestade,

Que se imiscui na vida além da aparência,

Na profusão que convida à fundamental verdade. 

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Quadro de Chagall, O violinista.

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