Céu da boca

Palavras da minha boca

Boca seca de quem culpa

O céu por coisa tão pouca

De língua que boca chupa

Relampeio sai do olho

No trovejar da palavra

Deixa na barba o molho

Daquilo que eu pensava

Ser o exato mais certo

Do dedo em riste da mão

Que só quer o céu aberto

Sem relâmpago e trovão

Pois que palavras em suas manifestações

Saem pela boca como relâmpagos e trovões

Na tempestade lançada pelos pulmões

Que pelos olhos irão despertar aflições

Palavras de toda boca

Boca seca de quem culpa

O céu por coisa tão pouca

De língua que boca chupa

Que é a língua do universo

Do universo que há em nós

No uni-dune-te de um verso

Que adentra boca pela voz

A voz que sai pela voz

A voz que é de todos nós

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 05/03/2012
Reeditado em 11/03/2012
Código do texto: T3536328