POETA
 
Não me chame de Poeta. Não o sou.
Não mereço a honraria de ser tratado assim.
Sou apenas um ser sensível
que expressa o que sente de maneira sutil,
 juntando pedaços de sentimentos
buscados aqui e ali,
espalhados ao vento pela inspiração.
Não me considero Poeta e sim um instrumento
de que se vale meu coração
para expressar por palavras
cuidadosamente delineadas
aquilo que sente.
Não sou Poeta!
Apenas percebo as cores de outra maneira,
assim como o perfume das flores
para mim é algo incomparável e inexplicável
que só consigo definir por meio de palavras.
As estrelas falam, eu as consigo entender.
Por acaso isso faz de mim um Poeta? Não creio.
O arco-íris se forma e em instantes se desfaz,
mas só na retina porque no pensamento
permanece por longo tempo.
O Poeta se define como um pintor
que desenha e pinta uma tela com a própria alma.
O Poeta escreve suspirando e por vezes chorando,
tamanho o seu envolvimento com a poesia.
Já me perdi entre palavras,
já chorei tantas vezes enquanto escrevia,
já adormeci entre canduras de poemas,
mas não posso dizer que sou Poeta.
Sou apenas um apaixonado
que se deixa levar por tantos sentimentos,
muitas vezes rimados ou não,
às vezes rimando amor e dor,
mais sempre escrevendo
 o que vem do coração.


Valdir Barreto Ramos

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Cônsul POETAS DELMUNDO – Niterói – RJ
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 29/04/2012
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