Vórtice de Pensamentos

Balanço os braços à minha frente

Mas a névoa não cede

Em minha mente

Tudo parece distante

Confuso

Fora de foco

Caminho e não me sinto aproximar

De lugar algum

Que possa me abrigar

De mim mesmo.

Ando em círculos

À procura de algo

Que talvez nem exista

E me desespero

Pouco a pouco

A cada passo

Um passo a menos

Rumo ao fim.

Instantes de vida

Desperdiçados

Em devaneios inconclusivos

Despedaçados

Pelo medo

Que me faz tropeçar

Em pequenas pedras

Desintegradas

Ao mais leve toque

De meus pensamentos.

E não consigo entender os porquês,

Porque talvez eu seja fraco

Ou indigno de tal compreensão.

Sinto o peso do tempo

Os ombros machucados

As pernas doloridas

E me sento para assistir

Ao meu último pôr do sol

Em meu último momento de sanidade.

Cansado, apenas rio de tudo;

Dessa piada chamada vida.