Almas

Eternizei minha individualidade, numa alma, essencial,

Deitei-me na relva da alegria verde num dia ensolarado,

Procurei minha alma e ela era azul, era eu imersa,

No azul de mim mesma.

Tanta leveza e impotência diante da imensidão azul,

Em mim mesma havia esse azulão inevitável,

Pensei no verde em busca de esperança,

A relva do meu dia era agora verde.

Sem a percepção do tempo concentrado em mim,

Perdi o tempo e a solidão do azul de minha alma,

Desconcertada e sombria permaneci buscando,

A alma azul dos meus dias de tristeza.

Nada pude perceber mais, eu era só, vazia de tudo,

Ainda mais incoerente do vazio robusto da minha alma azul,

Envolvi o corpo que jazia deitado na relva verde

E enterrei-o cheio de esperanças.

Mgtcs
Enviado por Mgtcs em 21/10/2012
Reeditado em 18/02/2018
Código do texto: T3944761
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