Fazer Poético

Meus versos brotam

do veio do peito

da ferida da alma

Às vezes os recolho

das ásperas estradas

pra que não sejam esmagados

Às vezes os roubo

do olhar vivo da menina

ou da lágrima na retina

Os trago nos bolsos

na pele e nos poros

no estômago e nos olhos

Meu verso ?

Na verdade ele não é meu...

Eu é que sou dele.