Uma vez e nada mais

Decifrei hieróglifos do amor maior,

estive com o coração na boca,

estabeleci normas para minha jornada,

cavei buracos de dor,

caminhei a andança dos desesperados,

experimentei uma dança de morte.

Obtive a credencial dos flagelados,

estipulei o preço a pagar,

fui cavaleiro de sete espadas,

calei o estupor do grito,

morri para as minhas maldades,

glorifiquei a distorção dos sentimentos.

Tudo isso fiz,

em decisão a um coisa só:

A esperança de postar-me ereto

frente às vicissitudes da vida.

Se consegui meu intento?

Tendo a existência por testemunha

digo que sim...

Mas se me perguntar

se faria tudo de novo,

digo que não...

A vida não acredita em repetições.

Ou fazemos uma vez

ou nunca mais.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 28/05/2013
Código do texto: T4313944
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