EPITÁFIO

Nasceu, viveu, morreu.Início, meio e fim.

O caminho percorrido e outros desconhecidos resumem-se a uno.

Como todos, o ciclo imperfeito idealiza-se.

O ponto final espera a transmutação perfeita

de matéria a palavras

e nada mais

para um poema morto ser

por quem vive ao morrer a cada momento

e morre ao viver a cada outro momento.

A morte carrega em seu ventre a vida: a palavra.

E toda uma existência é resumida em uma única estrofe.

Victor Ricardo
Enviado por Victor Ricardo em 01/08/2013
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