Noite Celta
Há noites tão intensas
tão sábias que não se apagam
Noites tão vivas que sangram
sua luz de estrelas na alvorada
Há noites com olhos de alma
e corpo de amante abandonada
que até o próprio sol se espanta
Noites que não morrem
no parto da madrugada
Noites que ficam impressas
no código genético da saudade
Noites para entender o coração
do irmão lobo tão assustado...
Noites, noites, e mais nada....
Concha Rousia 19,9,13