TRAMA DO DESTINO

Caminho sobre teu longínquo caminho dialético

E com tua presença arranhando minhas noites

Adentras então minha mente sem pedir licença

Fazendo com que eu sinta os tentáculos da solidão

Preso na redoma da nomenclatura de teus elementos

Na lembrança tua que me acompanha hodiernamente

E teu ígneo olhar transforma meu olhar teu espectador

Arrebatado pelo paradoxo de tua essencialidade abstrata

Reciprocamente oscilante em nossa interseção maniqueísta

Precipuamente implícito na sinestesia de inexaurível desejo

E meu encanto desintegra-se ante teu olhar soturnamente

Aclarando minha pequenez ante tua delirante fortaleza

Intrínseca e extrinsecamente presa aos meus sonhos de ti

Quando um pensamento torna-se um pegureiro de si mesmo

Tentando desobstruir a obliteração de todos os teus espaços

Livrando-me do flagelo de tudo o que me seja improfícuo

Pela catarse de todos os meus oscilantes e emblemáticos erros

Continuam incólumes meus sentimentos desejos e vontades de ti

Mesmo que o tempo lance em mim sementes de solidão

Sobrevivo ao vazio e a imprevisível trama do lacônico destino

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 08/10/2013
Reeditado em 08/10/2013
Código do texto: T4516788
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