A Musa Coprófaga

Na profundeza da presença

encontro-me imerso nas cantilenas de uma

chuva que evapora as ilusões taciturnas

sem os lábios perfurados

sem as asas dos olhos

sem as castanhas lágrimas de perfume

sem a voz abrasadora de um suor.

Amanhã é o minuto que bebíamos

no conforto de um altar colossal

nas obsessões de um beijo alucinante

e perfura o coração para entregar

o crepúsculo que guarda os timbres

dos cabelos charmosos. O azul pensou o

céu desejante e fita a flor linda de

Elíseo à frente de uma distância em erupção.

Ah, Medusa das lembranças!

A imediata melodia celebra a tempestade

nas palpitações ligeiras daquele coração

mortuário, devastado de copo branco mar.

julho de 2013

Rodrigo Fernandes Ferreira Brito
Enviado por Rodrigo Fernandes Ferreira Brito em 19/11/2013
Código do texto: T4577338
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