Na escuridão deles

A escuridão é o único lugar que eles habitam

Há uma quietude para as palavras

Mas não para os gestos.

Não há conhecimento quanto à luz

Os corações são pestilentos

Cheios de sujeiras

Que os conduz.

Enforcam-se nas ilusões presentes

Viram-se do avesso pelo ar

A pressa da liberdade

Não vai dar o ar de sua graça

Há uma infinita obscuridade plantada

Naquele imenso lugar.

Estão lá por quê?

Porque querem!

Sim, exatamente nessa linha.

Têm medo de descobrir que a luz é boa

Eles têm medo dos bem-aventurados.

E isso é o que os faz se sentirem confinados.

No árduo incolor da negritude

Não gostam de espíritos bem-intencionados!

Morrem todos os dias

E ainda têm um tédio medo de morrer

Mas são tão feios quanto gostam de ser!

Tal qual suas faces deformadas.

Monstros de cicatrizes internas

Com feridas incuráveis

e abandonadas.

E quando vier a luz

Eles estranharão.

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 20/01/2014
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