Ela abriu a caixa suavemente
Fugiu-lhe dos lábios um sorriso
Nunca sentira algo semelhante
Suaves reflexos desprenderam-se.

Como o prisma de um sol reluzente
Misteriosas verdades dali fugiram
Arrebatadoras emoções ali contidas
Se libertavam, se desprendiam.

E como mágica descortinavam-se
Todos os seus segredos, sua essência
Seus sentimentos, sonhos e fantasias
Sensações de prazer, dor e alegria.

Emergiu uma saudade delirante
Das coisas que foram importantes
De tudo o que já havia vivido
Mas, nada mais fazia sentido.

Sua alma ali estava, tão serena
Mas ao vê-la assim toda faceira
Sentiu que agora era um novo ser
Então fechou a caixa, sorrateira.

Denise Alves de Paula
29.08.13