O oráculo

O oráculo infalível teria predito

No fim do arco-íris havia um mito

Um incalculável tesouro

Num lindo pote de ouro

Encontraria o xangrilá

O paraíso estelar

Nirvana perpendicular

Terra Prometida de Jeová

Chão de leite morno e mel

Onde pombas brancas pairam no Céu

Dos poços de água potável

Um oásis sedento inesgotável

Lugar de bem-aventurança

Do qual não há vaga lembrança

Jardim do Éden cheio de esperança

Perfeito para criar criança

Da Deusa do córrego cristalino

Princesa dos sonhos de menino

No bosque das ilusões onde imagino

A Ninfa do Tejo do meu destino

Virgem vestal de beleza inquestionável

Beldade do Monte de Vênus insaciável

De poder sobre o Panteão hermético

Das criaturas mitológicas de ar poético

Revelado o segredo profundo

Do calabouço úmido dentro oculto

Enigma escrito em pergaminho

Desvenda metáfora secreta pelo caminho

Em Delfus a profecia havia dito

Na ilha do mistério onde acontecia o rito

Na visão que a Sacerdotisa teria tido

Que aqui eras bem quisto, Tu eras o prometido.

Fábio Pirajá
Enviado por Fábio Pirajá em 14/05/2007
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