Da morte

Acho que serà assim

Quando a morte na minha morada chegar

Ela entrarà no meu quarto de mansinho

Sem fazer nenhum barulho para me acordar

Mais leve que o vôo do passarinho

De surpresa

E com muito carinho

Muitos beijos de alegria

Na minha alma ela derramarà

E me levarà sem que eu sinta

Alem do céu

Alem do mar

E de repente um barquinho

Com a doçura dos anjos

Me levarà num oceano de nuvens

Alem de tudo que eu possa imaginar

E a morte devagarinho

Partirà nos braços do sol

Para outro alguém buscar

Estou chegando na rota final da vida

Serena

Apesar de muita dor

Sentindo um alìvio imenso

E uma leveza no meu Ser

Simplesmente maravilhosa

Meu coração està repleto de amor

E Paz

E meu espìrito cada vez mais livre

Santa Liberdade !

Saravà !

Quanta loucura

Violência

E sofrimento

Sempre tive que suportar

Sentia-me prisioneira eterna

De um imenso pesadelo

Que jamais pensei

Que ele um dia poderia acabar

E portanto

Posso agora vê-lo

Cada vez mais longe de mim

E sinto-me tão feliz

Que sò tenho vontade de Agradecer...

Primeiramente à Vida

A minha familia

A meus amigos

A meus inimigos

Pois com eles muito aprendi

E ainda estou aprendendo

Agradeço a Deus

Ou ao universo

Ou ainda

A essa Inteligência superior

Que deu origem a esse ùnico e extraordinàrio milagre

Que nos faz Viver

Morrer

Renascer

E Amar !

E se for na morte

Que meu Ser acordarà enfim

Ou

Que ao contràrio

Para sempre ele deixarà de existir

A ela também agradeço

Pois no auge do meu sofrimento

Ela me faz chorar de felicidade

E até mesmo sonhar !

Rita De Aragão Santana
Enviado por Rita De Aragão Santana em 31/07/2014
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