Da morte
Acho que serà assim
Quando a morte na minha morada chegar
Ela entrarà no meu quarto de mansinho
Sem fazer nenhum barulho para me acordar
Mais leve que o vôo do passarinho
De surpresa
E com muito carinho
Muitos beijos de alegria
Na minha alma ela derramarà
E me levarà sem que eu sinta
Alem do céu
Alem do mar
E de repente um barquinho
Com a doçura dos anjos
Me levarà num oceano de nuvens
Alem de tudo que eu possa imaginar
E a morte devagarinho
Partirà nos braços do sol
Para outro alguém buscar
Estou chegando na rota final da vida
Serena
Apesar de muita dor
Sentindo um alìvio imenso
E uma leveza no meu Ser
Simplesmente maravilhosa
Meu coração està repleto de amor
E Paz
E meu espìrito cada vez mais livre
Santa Liberdade !
Saravà !
Quanta loucura
Violência
E sofrimento
Sempre tive que suportar
Sentia-me prisioneira eterna
De um imenso pesadelo
Que jamais pensei
Que ele um dia poderia acabar
E portanto
Posso agora vê-lo
Cada vez mais longe de mim
E sinto-me tão feliz
Que sò tenho vontade de Agradecer...
Primeiramente à Vida
A minha familia
A meus amigos
A meus inimigos
Pois com eles muito aprendi
E ainda estou aprendendo
Agradeço a Deus
Ou ao universo
Ou ainda
A essa Inteligência superior
Que deu origem a esse ùnico e extraordinàrio milagre
Que nos faz Viver
Morrer
Renascer
E Amar !
E se for na morte
Que meu Ser acordarà enfim
Ou
Que ao contràrio
Para sempre ele deixarà de existir
A ela também agradeço
Pois no auge do meu sofrimento
Ela me faz chorar de felicidade
E até mesmo sonhar !