Beija-flor
Por onde tu andas Oh, pequeno Beija-flor?
A Bela Flor esta manhã perguntou-me?
Porque ele não vem visitar-me?
Ah, Bela Flor! então chorou!
e de tanta dor, recitou um poema:
Para seu amado Beija-flor!
Oh, Colibri!
Não tenho mais néctar a oferecer ti,
Sei que é tua fonte de vida para sobreviver
Já não sou mais tão bela!
Minhas pétalas e sépalas murcharam-se
uma flor opaca tornei-me
não exalo mais, o doce perfume de outras quimeras!
Por onde andas pequenino?
Com tuas asas ligeiras! De voos esvoaçantes!
Que pairam no ar, com maestria e leveza!
Bicos longos e finos, plumas multicoloridas,
Tua beleza fascina-me!
Teu beijar é doce e suave!
Como ninguém beijou-me antes,
Teu tocar é musicalidade
até as almas do céu aproximam-se
Compartilhando um amor que transcende.
Já estou velha e cansada!
O tempo é desigual e ingrato!
Minha existência é efêmera.
Permita-me apenas mais um reencontro,
Para declarar-me para ti, oh, Colibri
Selarei com a morte os meus próprios sofrimentos.