Bagagem... II

Corri de mim mesmo...

Achei-me na estrada,

O caminho do coração é ilógico...

Refleti os sonhos da minha vida,

Caminhei no mundo reflexão,

Volte atrás coração, pulei a montanha...

Do outro lado do vidro uma imagem borrada,

Parece que olho no espelho e não vejo meu reflexo,

Imagens de um garoto ha muito perplexo,

Meros reflexos ocultos de um coração...

Olho a alma de um anjo sempre oculta em palavras reais,

Não vejo estou cego! Minha visão esta embaçada,

Palavras vagam mundo afora, caminham...

Olho para a estrada percorrida e pela que virá,

Ambas com suas diferenças, pernas fracas pelo trajeto...

Caminhei ocultamente por minhas pedrinhas,

Pulei uma por uma e tropecei nas ultimas,

Sobrevivi a todos os pontos negativos dessa caminhada,

O menino escreveu as palavras ocultas coração...

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Derrepente as palavras pesam e é difícil escrever, os pulos de montanhas ficam cada vez mais complicados são ossos que podem se quebrar são minhas rimas, meus pleonasmos...

São as palavras perdidas do garotinho que olha e vê que o tempo esta passando e não pede licença, passa dia após dia e não consigo cronometrar meus segundos, não tenho tempo para isso e ao mesmo tempo tenho um medo imenso de tal...

Passa ao meu lado e não consigo tocar-te pode ser muito tarde ou pode ser noite quase manhã, caminho lado a lado Eu e meus medos, será que há segredo? Pergunta obvia de resposta retórica, perguntas de mim para com um Eu que desconheço...

Roubam os fios das parcas e enrolam em seu pescoço, muitas linhas e pouca sabedoria, corro de um ser de capa preta que não tem pernas flutua numa nuvem negra...

Derrepente haja luz para que Eu escape das garras insensíveis dessas irmãs tecedoras, haja luz para que Eu ache meu próprio caminho em meio a essa escuridão que me cerca...

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Está tão frio jogado ao canto definho...

Dói coração, a vontade foi embora,

Deixe-me aqui, não olhe, estou no meu cantinho,

Tão estranho esse caminho, como será La fora...

É tão diferente, esse caminho devora,

Fui buscar muito longe quem intervinha.

Está tão frio, jogado ao canto definho...

Dói coração, a vontade foi embora.

Momento mórbido, momentos da vida,

Caminhos e corações entrelaçados,

Dia após dia, caminhos...

Anjos e demônios envergonhados,

Está tão frio, jogado ao canto definho...

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Este frio, pezinhos gelados tocam o chão,

Esta fria a noite calada toca meu coração,

Este frio voa calada minha imaginação,

Este frio, caminhos e depressões, este frio...

Esta muito fria as imagens solidão,

Ponto, vírgula interrogação,

Este frio os caminhos para a noção,

Fria a laje, fria maneiras, fria saudade,

Frio calado que me invade...

Dor fria, dor insensível que aflige

Parte meu coração, sabendo pouco

Aprendendo muito, dor constante...

Esta fria demais essa dor seca,

Este frio é minha imaginação,

Esta fria demais, minha solidão,

Este frio esta tão fria que caio ao chão...

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Eu te salvaria das garras do destino...

Eu te salvaria de minhas incógnitas

Pularia do terceiro andar com você...

Rasgaria minhas mãos nas grades da vida,

Os sonhos as irrealidades as grades...

Pularia de peito aberto em grades pontiagudas.

A vida é dona de si, perde-se muito e ganha...

Por um segundo daria minha vida pela sua...

AC.

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Imagem lúcida transparece

Mostra minha dor, meu amor.

Imagem insana de um coração

Interpretando o papel principal,

Aprende falas e decora sentimentos...

Lucidez e eloquências

Oram unidas, imaginam perdidas,

Imagens e Retoricismos...

Deixe meu coração ir

Ultrapasse-me em sonhos

Hora fala coração outra imaginação,

Rimas anexas de um texto sem noção alguma...

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Fui ali ao canto morrer um pouco

A morte é imagem translúcida

Do coração, cabe compreender a

Verdadeira tese de esse morrer,

Pode-se viver uma vida inteira

Em morte ou apenas morrer

Para alcançar vida eterna...