Épico de guerra

Sob florestas uivantes

Um grito que ecoa dos confins do nada

Entre sombras antigas e esquecidas em meio às árvores

Mensagens cósmicas de algo não vivo te forçando a agir

E nessas noites congelantes de vento ululante

Nessas madrugadas vazias de sentimentos

Nesse escuro renovador banhado pelos raios de uma lua ausente

Onde tambores evocam os sinais da guerra contra si mesmo que está por vir

"levantem seus estandartes e marchem para o abismo"

E por dias intermináveis marchando entre cadáveres

Cavalgando entre os montes frios da perdição

Sem destino

Sem um por que

Apenas pelo pequeno e singelo ato de "andar", de "não parar"

Os raios que como trombetas ecoam sobre nossas cabeças

A chuva que se fez presente apenas como mais um obstáculo

As tochas acesas que nunca iluminaram

As espadas sujas que nunca serão polidas

O brilho nos olhos que nunca mais retornará

E aqui me vejo à beira do penhasco

Em punho sonhos e esperanças

Minha garganta já se rasgando com o fulgor da batalha

Em companhia daqueles que escolhi como "meus"

A tempestade as minhas costas...o baque seco no vazio como um martelo

Os braços erguidos em sinal de honra àqueles que morreram para que eu pudesse viver

Meu pequeno desafio e embate contra aquele dito dono da verdade

Sat
Enviado por Sat em 01/03/2015
Código do texto: T5153871
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