Posso dormir sossegadamente,
Tudo passou e tudo morreu.
A bela lua no céu tenebroso
É uma imagem sereníssima da infância,
E nem sei se era lua
Ou um conto grandioso adentrado em minha mente
Cantado por quem, amorosamente, amansou a caligem celeste,
Acendendo uma luz real em minha alma.
 
A existência se esgota e o ar respira a leveza das coisas
Que perderam os borralhos nas clareiras das premonições.
Posso dormir absolutamente!
(Ah, meu coração desenlutado,
Desceu às trevas em doída lucidez e dali sorriu -
Tudo absolveu, pois tudo se consumou).
 
Tudo morreu,
Sem prazo de flor no sepultamento. 


*Seja feita em cada coisa a vontade de Deus.


 
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 10/03/2015
Reeditado em 10/03/2015
Código do texto: T5164774
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.