EUMANIDADE

Há famílias separadas de famílias,

E a vida segue a trilha.

Me encontro como alguém

Perdido numa ilha;

Imensa ilha cheia de prédios!

Imensa ilha cheia de egos!

Com o oceano que separa

Todos nós dos sentimentos...

Cadê o perdão que seu orgulho

Não permitiu conceber?!

E o abraço que em meio a lágrimas

Deixou de acontecer?!

É que o tempo passa rápido...

Passou! Nem deu pra perceber!

O tempo leva a vida,

E a vida leva a gente.

Pode demorar

Ou pode ser bem de repente!

A mágoa e o rancor só vem

Dilacerar o peito da gente!

To ficando doente,

Mas, me diz,

Quem é que não tá ficando doente?!

Com todo esse caos

Que atravessa a minha vida,

A minha lida, minha sina,

Atravessa minha mente!

Tento buscar o choro, soluçar.

Onde foi parar

Minha água salgada de chorar?

Chorar angústia, chorar a alegria.

Escorrer nos versos,

Benzer minha poesia!

Eu que ando na fronteira

Do dia com a noite.

Quando penso num acalento

Logo encontro um açoite.

Eu, que ando no infinito!

Hora zen, hora aflito...

Como energia pisciana vou fluindo...

Um portador da vida

Mostrando versos florindo.

Às vezes acredito que sou todo o mundo,

Mas não tenho certeza.

Às vezes penso que sou o tiozinho

Que vende pipoca na porta da igreja.

Talvez seja um dom, a união!

Com um poema, um olhar ou uma canção...

Dar novo valor

Para a palavra humanidade,

Pra tentar viver de verdade,

Não deixar como está...

Vou caminhar,

Sem pensar

Em parar!

Sou todo um Universo

Às vezes sopra um vento

E eu me disperso...

Estou conectado com o Além!

Estou conectado com o Universo!

Uma Luz que desce em mim do alto,

Me inspira, depura a alma.

Me faz transcender as limitações

Dos nossos gelados corações.

Queimando cada canto,

Transformando!

Me dando novos olhos

Para contemplar novo horizonte!

Horizonte.

Não parece tão distante.

Vem irradiando uma Luz de lá,

Me hipnotizando,

Me fazendo caminhar...

Eu vejo um avatar vindo pra Terra,

Parece que vai ter guerra!

Guerra da ignorância

Contra a sabedoria.

Para resgatar um povo cego

Que não sabia aonde iria.

Abner Costa
Enviado por Abner Costa em 25/08/2015
Código do texto: T5358098
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