Nunca Distante

Nos raios do sol

Quem pode ouvir

A luz cortante

Quem irá assumir.

Ao silêncio uivante

Ao caminho em instantes

Quem agora irá imaginar

De sua mente omitida

As marés do esquecimento.

A voz prateada do homem

Se propaga no ar

Um ar sujo de sangue

A voz que agora conforta.

E abraça aos queridos

Aqueles que em um lindo dia

Olharam a sua visão

E disseram em convicção:

"Aos abismos eu cairei

Mas a ti nunca perderei

Nunca, nunca te deixarei..."

A as sombras da morte

Eu fujo pra sempre

De um futuro perturbante

Onde sozinho estarei.

Para ti eu olharei

Para ti eu morrerei

Pois assim sinto seu abraço.

Algumas formas a planar

A beleza desta ilusão

Não importa, não acredito.

Pois a forma mais bonita

Da forma significante

Do alto dos seus eu cairei

Nos braços da escuridão.

Eu sei dizer isto

Não sei esquecer

Saber ao certo pra ser

O que eu terei de fazer.

A voz prateada do homem

Ouço vagamente ao ar

Um ar sujo de sangue.

Da voz que agora conforta

E abraçando aos queridos

Aqueles que em um lindo dia

Olharam aos teus olhos

E disseram com fé:

"Aos abismos não deixarei

Que caia sozinho

Não desta vez

Nunca, nunca irei te perder.

Está comigo agora

Nada irá acontecer.

As sombras a mim o temor

Ao seu lado descansarei

Ao seu lado eu andarei

Ao seu lado assumirei.

Jamais querido, te abandonarei..."