Giordano Bruno

GIORDANO BRUNO

Uma bola de fogo invadiu o espaço aéreo,

por trás da cortina de fumaça,

vislumbrou-se uma figura esquálida.

Era o homem em sua face de dor e miséria,

andrajos e cara de fera.

Do torpor da multidão atônita,

de olhar estupefato e torpe,

nasceu um pavor sem nome, sem espera.

Tudo, num momento, fez-se caos

e batiam-se cara a cara,

o medo e a covardia dos feito máscaras

de concreto e fúria.

Onde andaria Giordano Bruno nesta hora?

Deitado em berço esplêndido,

o poderoso esvaia-se em desculpas pela mentira

e frente ao estupor pela violência incontida das massas

gritou:” esperem, tudo foi um engano, eu nunca prometi clemência!”

Na fogueira da Inquisição,

queimava Giordano Bruno neste instante,

envolto em magia e mistério.

Ele não teve escolha!

“Eles sofrerão mais do que eu por seus atos”,

foram suas últimas palavras, apóstata da hipocrisia.

Magda L Carvalho
Enviado por Magda L Carvalho em 23/10/2015
Código do texto: T5424491
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